terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

8ª Viagem: Snow trip to Spindleruv-Mlyn

Pois bem, aproveitando o final do semestre, fomos para a República Checa, para a estância de Spindleruv-Mlyn. Dada a proximidade com Wroclaw, em cerca de 3h30 de viagem bastavam para chegarmos lá. Alugando dois carros, 8 macacos lá foram, as 6h da matina, para se poder aproveitar o dia para o fazer. Após chegarmos, e instalarmo-nos no Hotel Sv. Hubert, fomos tratar dos nosso equipamento. Por cerca de 840 coroas checas garantimos os 3 dias de aluguer das pranchas e das botas, e como tal, siga para as pistas.
No ínicio, eu fiquei a aprender o básico, travar de frente, travar de costas, começar a tentar virar, mas depois resolveu-se ir lá para cima e aproveitar o início da pista para tentar fazer alguma coisa.
Logo no ínicio comeco a estar longe de acompanhar os meus amigos, o nevoeiro começa a limitar a visibilidade, pessoas mais experientes começam a passar rente e os sustos são cada vez maiores,e as quedas inevitáveis. Um percurso fácil demorou 40m a ser feito, com o pensamento na cabeça "O que estou eu a fazer aqui? Eu não tenho jeito nenhum para isto, vou mas é devolver o meu equipamento!". No entanto, uma dúvida se levantou, estaria a usar eu o pé correcto. Comecei a aprender com o pé direito à frente, mas fui trocar e a diferença notou-se logo. No entanto as quedas continuaram, ainda havia muito para aprender.
Fim do dia, vamos dormir, o cansaço e as mazelas eram grandes.
Segundo dia, fomos para outra pista, nesse dia temos mais 3 novatos, a Luisa, a Clara, e o Daniel. O aspecto positivo era que pelo menos não estaria sozinho, se bem que a Clara decidiu ir aprender esqui. Esta pista era muito mais plana, logo era extremamente complicado, visto que quanto mais lento se vai, pior é. E no entanto bastantes insólitos se passaram, numa tentativa de não acertar numa senhora parada num trenó, acabo com ela ao meu colo, pois o trenó foi atropelado por mim. No teleférico em T, os 3 saimos disparados, decidindo ir a pé. E quando as pistas fecham, e nós demorámos 3h a fazer uma pista. Mas esse dia teve um bónus, fomos para um aquapark que havia perto do hotel, e aproveitamos os jacuzzis para relaxar os músculos doridos, que já eram quase todos.
Por fim, o último dia tinha chegado. Nesse dia duas coisas foram importantes para que o dia corra bem. Primeiro, foi o facto de ter levado o mp3, que me permitia abstrair-me do que me rodeia, reduzindo os ditos sustos. Segundo, o Bruno tinha decidido ajudar os novatos, e os resultados começam a aparecer, com algumas quedas pelo meio. O controle da prancha e do equilibrio já começa a melhorar.
Começam a conseguir fazer um slalom, dois, cinco. O grau de confiança dispara, bem como a adrenalina. Chego ao fim, finalmente estava a gostar!! Faltam 20m para o encerramento das pistas. Eu e a Clara decidimos ir sozinhos, e ajudamo-nos um ao outro, e vamos com calma. No entanto, a viagem corre bem, fazendo os slaloms como mandam as regras. No fim começamos a ver os outros à nossa espera, a gritarem pelos novatos.
E pronto, fica registado a minha última descida. O cansaço diz-me que já chega, mas a adrenalina faz-me pensar duas, três vezes.
Tiramos a foto de grupo, e siga para Wroclaw. Em Março há mais...

PS: Fica aqui o aviso de que os checos são o povo mais cigano do mundo. Tentam tirar dinheiro de todas as formas e feitios. A partir de agora sempre que chamar Checo a um gajo, que tenham lido este comentário, que ficam já a saber o que quer dizer.

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